O meu propósito com a Cirurgia Maxilofacial é
Ajudar as Pessoas
Cirurgia
Ortognática
A cirurgia ortognática é um conjunto de procedimentos que objetiva corrigir o posicionamento dos ossos da face, visando corrigir e restabelecer seu equilíbrio anatômico. Ela é indicada em todos os casos em que é diagnosticada alguma anormalidade envolvendo esses ossos ou até mesmo os dentes, e que não pode ser resolvida somente com tratamentos ortodônticos convencionais. Isso ocorre porque o problema não está na posição dos dentes em si, mas sim nos ossos da face. Sua realização traz diversos benefícios, tanto do ponto de vista funcional, estético, como psicossocial.
A cirurgia é capaz de corrigir a oclusão dentária (mordida). permitindo uma melhor função mastigatória, articular e até mesmo respiratória. Com isso, acaba por diminuir também a dor na articulação temporomandibular (ATM), proveniente muitas vezes, do mau posicionamento dos maxilares. A cirurgia ortognática também pode ser indicada em alguns casos de ronco ou apneia do sono.
Além disso, mesmo pacientes que apresentam alguma deformidade com a preservação da mordida e da movimentação dentária, podem desenvolver, ao longo do tempo, problemas para a articulação temporomandibular e até mesmo ser surpreendidos com a perda precoce dos dentes. A cirurgia interfere positivamente e interrompe esse processo.
Outro aspecto importante é o psicossocial, que vai muito além da funcionalidade. É muito comum pessoas que apresentam alguma dessas deformidades, na maioria das vezes traduzidas clinicamente por "queixo grande demais", "queixo pequeno demais" ou mesmo "gengivas muito grandes", sofrerem uma baixa autoestima. A cirurgia ortognática, corrigindo essa alterações, devolve a harmonia facial e influencia positivamente na autoestima do paciente.
Para determinar se a cirurgia ortognática é ou não indicada para o seu caso, o primeiro passo é agendar uma consulta com o cirurgião bucomaxilofacial. Este diagnóstico é frequentemente baseado em um exame clínico radiográfico completo, voltado para determinar se existe de fato uma discrepância entre os maxilares superior e inferior. Muitas pessoas se surpreendem ao saber que uma mordida inadequada, resultante de dentes e/ou maxilares desalinhados, pode prejudicar sua saúde de um modo geral e especialmente sua aparência.
Principais sintomas onde a cirurgia ortognática pode ser indicada
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Dificuldade em morder ou mastigar alimentos
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Dor na articulação temporomandibular (ATM) crônica, frequentemente acompanhada por dor de cabeça
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Apneia obstrutiva do sono, caracterizada por problemas respiratórios durante o sono, incluindo o ronco
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Desgaste excessivo dos dentes
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Respiração bucal crônica que provoca a sensação de boca seca
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Espaço entre os dentes superiores e inferiores quando a boca está fechada (mordida aberta)
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Incapacidade de fazer os lábios se encontrarem sem fazer esforço
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Aparência facial desequilibrada (assimetria)
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Mandíbula grande
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Queixo retraído
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Sorriso gengival
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Assimetria facial
Cirurgia Ortognática e as Fases do Tratamento
A cirurgia ortognática, como outros procedimentos cirúrgicos, não começa e nem termina no centro cirúrgico ou no hospital. Para seu sucesso, ela requer uma avaliação e preparo pré-operatório e cuidados pós-cirúrgicos adequados. Podemos dividir a cirurgia ortognática em 3 fases:
1. Fase pré-cirúrgica:
Nessa fase o paciente passará por um preparo ortodôntico com um especialista em ortodontia cuja duração vai variar de acordo com situação de cada paciente. Através do uso de aparelho, fará o alinhamento e nivelamento dos dentes, sem se importar com a alteração óssea em si, que será corrigida com a cirurgia ortognática.
2. Fase cirúrgica:
Cirurgia ortognática para corrigir a posição óssea dos maxilares.
3. Fase de finalização ortodôntica:
Nessa fase o (a) ortodontista procederá à finalização do tratamento ortodôntico, fazendo os ajustes finais necessários. Finalizada a ortodontia, se procederá com a retirada do aparelho ortodôntico.
Planejamento virtual em cirurgia ortognática
A evolução dos conceitos envolvidos no diagnóstico e plano de tratamento em cirurgia ortognática tem sido imensurável. As metas para o tratamento dos pacientes tornaram-se mais amplas, levando ao desenvolvimento de novos instrumentos de diagnóstico. Dentre eles, destaca-se o planejamento cirúrgico digital, o qual proporciona maior previsibilidade e padronização de toda sequência clínica, além de ser um método extremamente preciso.
Cirurgia ortognática com a filosofia minimamente invasiva
A cirurgia ortognática realizada através da filosofia minimamente invasiva preconiza incisões menores, deslocamento e divulsão delicada dos tecidos moles, e cortes ósseos precisos e atraumáticos realizados através do motor piezoelétrico. Dessa forma, a filosofia minimamente invasiva proporciona uma recuperação mais rápida dos pacientes, sem dor, com edema mínimo, retorno precoce da parestesia (falta da sensibilidade), mastigação e atividades diárias. Realizo essa técnica há mais de 10 anos e em 2017 publiquei um artigo científico em uma das revistas internacionais mais respeitadas da especialidade, comprovando as vantagens da utilização do motor piezoelétrico.
PIEZOELECTRIC VERSUS CONVENTIONAL TECHNIQUES FOR
ORTHOGNATHIC SURGERY: SYSTEMATIC
REVIEW AND META-ANALYSIS
Recuperação pós-operatória em cirurgia ortognática
O pós-operatório da cirurgia ortognática está diretamente ligado a técnica cirúrgica realizada pelo cirurgião. É preciso entender que se o cirurgião bucomaxilofacial não realizar uma técnica o mais atraumática possível, pior será o pós-operatório do paciente. Edema em excesso, dor, longo tempo de afastamento das atividades diárias normais e muita dificuldade de mastigação, por exemplo, não são normais nos dias atuais quando um cirurgião bem treinado executa a cirurgia ortognática. O meus pacientes voltam para suas atividades normais em 15 dias, não sentem dor (apenas um leve desconforto) e mastigam normalmente em 25 dias de pós-operatório.
A cirurgia ortognática é uma cirurgia delicada. O potencial para o fracasso e complicações são muito menos prováveis de ocorrer quando realizada por um cirurgião experiente.
Padrões faciais, suas características e correções cirúrgicas
PADRÃO FACIAL II
- Mandíbula muito pequena
- Queixo para trás
- Nariz muito grande
- Dificuldade de respirar pelo nariz
- Acúmulo tecidual submentoniano (papada)
FACE LONGA
- Sorriso gengival
- Incompetência labial (não fecha os lábios)
- Mordida aberta anterior
ATRESIA TRANSVERSAL DA MAXILA
- Mordida cruzada posterior uni ou bilateral
- Palato profundo,
- Dificuldade em respirar pelo nariz
- Respiração bucal e ronco.
PADRÃO FACIAL III
- Mandíbula muito grande
- Queixo para frente
- Rosto afundado
- Nariz muito grande
ASSIMETRIA FACIAL
- Rosto torto
- Queixo desviado
- Dificuldade de mastigação
PADRÃO FACIAL II COM APNEIA DO SONO
- Mandíbula muito pequena
- Dificuldade de respirar pelo nariz
- Ronco
- Apneia