Dr. Luis Pagotto
Reabsorção condilar interna do adolescente
A reabsorção condilar interna do adolescente, também conhecida como reabsorção condilar idiopática do adolescente ou reabsorção condilar progressiva, é uma condição rara e incomum que afeta a articulação temporomandibular (ATM) em adolescentes.
Essa condição é caracterizada pela reabsorção progressiva e perda óssea na cabeça do côndilo mandibular, que é a parte da mandíbula que se articula com a cavidade articular do osso temporal.
A causa exata da reabsorção condilar interna do adolescente não é totalmente compreendida. Algumas teorias sugerem que fatores genéticos, hormonais, imunológicos e ambientais podem desempenhar um papel no desenvolvimento da condição. No entanto, não há um consenso definitivo sobre a causa subjacente.
Os sinais e sintomas da reabsorção condilar interna do adolescente podem variar, mas geralmente incluem dor na articulação temporomandibular, estalidos ou crepitação durante o movimento da mandíbula, limitação da abertura da boca, assimetria facial, mordida aberta ou cruzada e desvio da mandíbula durante a abertura ou fechamento da boca. A progressão da reabsorção óssea pode levar a deformidades faciais e desequilíbrio da oclusão dentária.
O diagnóstico da reabsorção condilar interna do adolescente é geralmente baseado na avaliação clínica, histórico médico e odontológico completo, além de exames de imagem, como radiografias panorâmicas, tomografias computadorizadas (TC) e ou ressonância magnética (RM).
O tratamento da reabsorção condilar interna do adolescente é desafiador, pois não há uma abordagem padronizada devido à falta de compreensão completa da causa. O objetivo principal do tratamento é aliviar a dor, melhorar a função da articulação e prevenir a progressão da reabsorção óssea.
Em casos mais graves, a cirurgia ortognática pode ser considerada para corrigir deformidades faciais significativas ou desequilíbrios da oclusão dentária. É importante destacar que o tratamento da reabsorção condilar interna do adolescente deve ser personalizado para cada paciente, levando em consideração a gravidade dos sintomas, a extensão da reabsorção óssea e as necessidades individuais.
Prof. Dr. Luis Pagotto
Faculdade de Odontologia - DDS (Doctor of Dental Surgery) - CROSP: 67438
Especialista (OMFS) em Cirurgia Oral e Maxilofacial/Bucomaxilofacial - CFO.
Mestrado (MS) em Odontologia - Ciências - Patologia e Estomatologia Básica e Aplicada - Universidade de São Paulo - USP.
Doutorado (PhD) em Medicina - Ciências da Saúde - Pesquisa Aplicada em Cirurgia - Sírio-Libanês Ensino e Pesquisa.